Livro de Daniel Bastos sobre Misericórdia de Fafe vai ser apresentado em Paris
No próximo dia 16 de novembro, às 18h30, o Consulado Geral de Portu- gal em Paris acolhe a apresentação do livro do historiador Daniel Bastos “Santa Casa da Misericórdia de Fafe - 150 anos ao Serviço da Comuni- dade”. A obra será apresentada pelo empresário fafense Manuel Pinto Lopes e conta com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Fafe, José Ribeiro e da Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, Maria das Dores Ribeiro João.
Este livro, com cerca de 400 pági- nas, integra-se nas comemorações dos 150 anos da Santa Casa da Mi- sericórdia de Fafe, uma das institui- ções mais marcantes da história moderna do concelho. O trabalho de Daniel Bastos dá a conhecer, com re- curso a imagens e citações, a génese da instituição, os seus principais pas- sos e realizações, factos e figuras. No prefácio da obra, Maria Beatriz Rocha-Trindade refere que com “a pesquisa realizada por Daniel Bastos,
agora publicada neste livro, fomos presenteados com mais um valioso contributo para o conhecimento da instituição, da cidade e do próprio fe- nómeno migratório português”.
“O concelho de Fafe está marcado pelo fenómeno da emigração, desde o século 19. Primeiro uma emigração para o Brasil - foi aliás graças a esse fenómeno que em Fafe surgiram as prprimeiras indústrias, as primeiras es- colas, surge a Misericórdia e o hospi- tal - ainda hoje são marcos visíveis na arquitetura” lembra o autor numa en- trevista ao LusoJornal. “Hoje ainda há muita emigração, agora essencial- mente para França”.
Daniel Bastos é licenciado em Histó- ria pela Universidade de Évora, ci- dade onde também fez o curso de Cultura Teológica promovido pelo Instituto Superior de Teologia. Atual- mente é doutorando em Ética e Filo- sofia política na Universidade Católica de Braga.
“Sei que em Paris também há uma Santa Casa da Misericórdia. Tenho acompanhado o trabalho que eles fazem através do LusoJornal que re- cebemos aqui na Câmara Municipal de Fafe” argumenta Daniel Bastos. “Aliás quero aproveitar para destacar o importante trabalho que o LusoJor- nal está a fazer junto da Comunidade portuguesa de França”.
No seguimento da apresentação do livro, terá lugar uma prova de vinhos da região de Fafe.
Este livro, com cerca de 400 pági- nas, integra-se nas comemorações dos 150 anos da Santa Casa da Mi- sericórdia de Fafe, uma das institui- ções mais marcantes da história moderna do concelho. O trabalho de Daniel Bastos dá a conhecer, com re- curso a imagens e citações, a génese da instituição, os seus principais pas- sos e realizações, factos e figuras. No prefácio da obra, Maria Beatriz Rocha-Trindade refere que com “a pesquisa realizada por Daniel Bastos,
agora publicada neste livro, fomos presenteados com mais um valioso contributo para o conhecimento da instituição, da cidade e do próprio fe- nómeno migratório português”.
“O concelho de Fafe está marcado pelo fenómeno da emigração, desde o século 19. Primeiro uma emigração para o Brasil - foi aliás graças a esse fenómeno que em Fafe surgiram as prprimeiras indústrias, as primeiras es- colas, surge a Misericórdia e o hospi- tal - ainda hoje são marcos visíveis na arquitetura” lembra o autor numa en- trevista ao LusoJornal. “Hoje ainda há muita emigração, agora essencial- mente para França”.
Daniel Bastos é licenciado em Histó- ria pela Universidade de Évora, ci- dade onde também fez o curso de Cultura Teológica promovido pelo Instituto Superior de Teologia. Atual- mente é doutorando em Ética e Filo- sofia política na Universidade Católica de Braga.
“Sei que em Paris também há uma Santa Casa da Misericórdia. Tenho acompanhado o trabalho que eles fazem através do LusoJornal que re- cebemos aqui na Câmara Municipal de Fafe” argumenta Daniel Bastos. “Aliás quero aproveitar para destacar o importante trabalho que o LusoJor- nal está a fazer junto da Comunidade portuguesa de França”.
No seguimento da apresentação do livro, terá lugar uma prova de vinhos da região de Fafe.
Igreja incentiva portugueses no estrangeiro
a apoiarem os novos imigrantes
A Igreja está a incentivar os portugueses residentes no es- trangeiro a receberem e apoia- rem os novos emigrantes, de forma a suavizar os impactos da emigração, que já atinge valores comparáveis aos anos 60, se- gundo a Obra Católica Portu- guesa das Migrações.
“Neste momento, estamos a tentar desenvolver uma mentali- dade por causa desta nova leva de emigração e que está a começar na Suíça, com a criação, a partir das missões, de uma espécie de famílias de acolhimento para os novos emigrantes”, disse o di- rector da Obra Católica Portu- guesa das Migrações (OCMP).
Estas “famílias de acolhi- mento” visam acompanhar e aju- dar a integrar os emigrantes que não têm familiares ou “pontos de referência” naquele país.
“É uma forma de não se senti- rem isolados e sozinhos num país quenãoéoseueque,àsvezes, nem entendem a língua”, comen- tou o frei Francisco Sales Diniz.
O responsável compara a actual vaga de emigração à regis- tada na década de 60/70, ressal- vando que nessa altura era fácil contabilizar a emigração, o que já não é possível actualmente devido à abertura das fronteiras e ao espaço Shenghen.
Dados divulgados pelo secre tário de Estado das Comunidades, José Cesário, indicavam que, em 2011, emigraram 150 mil portu- gueses.
“Se olharmos para os anos 60, em que emigraram cerca de um milhão de portugueses, se tiver- mos uma média de 100 a 150 mil a saírem de Portugal, ainda é mais do que nesses anos”, observou Sales Diniz.
Desde a década de 60 houve uma alteração do perfil do emi- grante: “Nos anos 60 emigravam principalmente as pessoas do mundo rural, da classe mais baixa, com menos formação, agora emi- gra toda a gente e pessoas alta-
mente qualificadas”, a maioria jo- vens, mas também muitas famí- lias.
“No geral, são pessoas que têm compromissos económicos com a banca, porque compraram casa ou outros bens, e que emi- gram para honrar esses compro- missos e não perder os investimentos de uma vida”.
A maioria dos emigrantes con- tinua a emigrar para a Suíça, França e Alemanha, mas muitos estão a optar pelo Brasil e Angola. Alguns escolhem o Luxemburgo, apesar de este país já estar „bas- tante „saturado“.
“O que se nota hoje é que
todos esses países procuram uma mão-de-obra muito mais qualifi- cada”, sublinhou.
Para o frei, os portugueses que emigram actualmente estão mais informados sobre o tipo de tra- balho que vão fazer no estrangei- ros e mais “precavidos” sobre situações de exploração que pos- sam ocorrer.
Para tal, contribuiu as situa- ções que aconteceram no final do ano passado na Suíça e na Ingla- terra de muitas pessoas que emi- graram sem terem pontos de contactos, nem contratos de tra- balho, e que ficaram em “situa- ções muito precárias”.
A divulgação destas situações na comunicação social e uma campanha que a Secretaria de Es- tado das Comunidades está a de- senvolver contribuíram para que “as pessoas emigrem mais infor- madas, mais precavidas e não se lancem à aventura”, disse, adian- tando não ter conhecimento, neste momento, de portugueses em si- tuações difíceis no estrangeiro.
Segundo o responsável, as missões da Obra Católica nas vá- rias comunidades têm recebido pedidos de ajuda de portugueses em dificuldades, mas que não querem regressar a Portugal de- vido a “uma certa vergonha por terem falhado” o seu projeto de vida no país de acolhimento
“Neste momento, estamos a tentar desenvolver uma mentali- dade por causa desta nova leva de emigração e que está a começar na Suíça, com a criação, a partir das missões, de uma espécie de famílias de acolhimento para os novos emigrantes”, disse o di- rector da Obra Católica Portu- guesa das Migrações (OCMP).
Estas “famílias de acolhi- mento” visam acompanhar e aju- dar a integrar os emigrantes que não têm familiares ou “pontos de referência” naquele país.
“É uma forma de não se senti- rem isolados e sozinhos num país quenãoéoseueque,àsvezes, nem entendem a língua”, comen- tou o frei Francisco Sales Diniz.
O responsável compara a actual vaga de emigração à regis- tada na década de 60/70, ressal- vando que nessa altura era fácil contabilizar a emigração, o que já não é possível actualmente devido à abertura das fronteiras e ao espaço Shenghen.
Dados divulgados pelo secre tário de Estado das Comunidades, José Cesário, indicavam que, em 2011, emigraram 150 mil portu- gueses.
“Se olharmos para os anos 60, em que emigraram cerca de um milhão de portugueses, se tiver- mos uma média de 100 a 150 mil a saírem de Portugal, ainda é mais do que nesses anos”, observou Sales Diniz.
Desde a década de 60 houve uma alteração do perfil do emi- grante: “Nos anos 60 emigravam principalmente as pessoas do mundo rural, da classe mais baixa, com menos formação, agora emi- gra toda a gente e pessoas alta-
mente qualificadas”, a maioria jo- vens, mas também muitas famí- lias.
“No geral, são pessoas que têm compromissos económicos com a banca, porque compraram casa ou outros bens, e que emi- gram para honrar esses compro- missos e não perder os investimentos de uma vida”.
A maioria dos emigrantes con- tinua a emigrar para a Suíça, França e Alemanha, mas muitos estão a optar pelo Brasil e Angola. Alguns escolhem o Luxemburgo, apesar de este país já estar „bas- tante „saturado“.
“O que se nota hoje é que
todos esses países procuram uma mão-de-obra muito mais qualifi- cada”, sublinhou.
Para o frei, os portugueses que emigram actualmente estão mais informados sobre o tipo de tra- balho que vão fazer no estrangei- ros e mais “precavidos” sobre situações de exploração que pos- sam ocorrer.
Para tal, contribuiu as situa- ções que aconteceram no final do ano passado na Suíça e na Ingla- terra de muitas pessoas que emi- graram sem terem pontos de contactos, nem contratos de tra- balho, e que ficaram em “situa- ções muito precárias”.
A divulgação destas situações na comunicação social e uma campanha que a Secretaria de Es- tado das Comunidades está a de- senvolver contribuíram para que “as pessoas emigrem mais infor- madas, mais precavidas e não se lancem à aventura”, disse, adian- tando não ter conhecimento, neste momento, de portugueses em si- tuações difíceis no estrangeiro.
Segundo o responsável, as missões da Obra Católica nas vá- rias comunidades têm recebido pedidos de ajuda de portugueses em dificuldades, mas que não querem regressar a Portugal de- vido a “uma certa vergonha por terem falhado” o seu projeto de vida no país de acolhimento